Sunday, 17 October 2010

...No fundo sabia que não lhe era assim tão indiferente. Sabia que não era por acaso que desta vez ele não passaria simplesmente por ela. Desta vez ele ficaria para conversarem sem qualquer noção do redor, sem qualquer noção do tempo. Não era por acaso que ele se queixava do pouco tempo que agora passavam juntos, ao contrário de tempos anteriores em que tudo parecia mais fácil. Não era por acaso também que custava tanto dizer adeus. Sempre custou, mas agora ainda custava mais. Seguiriam caminhos opostos, mas certamente a conversa interminável sobre tudo e todos permanecia na mente de ambos. As dúvidas e inquietações voltariam então a assombrá-la, mas ainda assim daria o dia como vencido. Ela que andava há semanas a tentar convencer-se de que não valia a pena continuar a acreditar em algo que nunca existiu, via agora forças para continuar e que afinal nada tinha sido em vão. Afinal, nada acontece por acaso...

"Cause If one day you wake up and find your missing me
and your heart starts to wonder where on this earth I could be
Thinkin maybe you'll come back here to the place that we'd meet
And you'll see me waiting for you on the corner of the street
So I'm not moving, I'm not moving"
[The Script - The man who can't be moved]

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